A sexta-feira (11) chega ao final com os preços do milho novamente recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram apenas em Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “de maneira gradativa e ainda incipiente surgem algum volume ofertado de milho no Brasil Central. Isto não tem dado cadência ao fluxo de negócio até o momento, mas merece atenção”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “em Campinas/SP os preços da saca no físico se aproximam dos R$ 95,00 com a melhora da oferta regional”.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho caiu, passando de R$ 85,89 para R$ 85,65, redução de 0,28%, de acordo com o último boletim divulgado pela Emater/RS no final da tarde de quinta-feira.

B3

Os preços futuros do milho consolidaram recuos neste último dia da semana na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,97% e 1,49% ao final da sexta-feira.

O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 92,40 com desvalorização de 1,49%, o setembro/21 valeu R$ 94,98 com baixa de 1,37%, o novembro/21 foi negociado por R$ 96,50 com queda de 0,97% e o janeiro/22 teve valor de R$ 98,20 com perda de 1,22%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam baixas de 2,98% para o julho/21, de 2,25% para o setembro/21, de 1,73% para o novembro/21 e de 1,95% para o janeiro/22 na comparação com a última sexta-feira (04). 

O mês de maio entrou para a história das exportações brasileiras de algodão. Com 115.243 toneladas comercializadas, o País ampliou em 66% o volume registrado em maio de 2020. É o melhor mês de maio de toda a história da cotonicultura brasileira. 

Os dados são do sistema de comércio exterior (Comex Stat) do Ministério da Economia e mostram ainda que no ciclo 2020/21 as exportações da fibra somam 2,235 milhões de toneladas. Mesmo ainda faltando dois meses para que o ano comercial se encerre, o desempenho até aqui já é 23% superior aos números da temporada 2019/20. 

“Nossa previsão é de que embarcaremos 2,35 milhões de toneladas até julho”, revela o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Busato. Confirmando-se a previsão, o País terá ampliado em 20% as vendas ao exterior no ciclo atual em relação a 2019/20.

A China lidera o ranking dos maiores compradores do algodão brasileiro na temporada 2020/21, importando volumes ainda maiores que os realizados no ciclo 2019/20. Com a importação de 23,7 mil toneladas em maio, o país superou as 700 mil toneladas no ciclo 2020/21, ampliando em 22% o total registrado no período anterior. Assim, os chineses superam, inclusive, o consumo doméstico médio das indústrias têxteis brasileiras. 

“Estamos fortalecendo nossas parcerias com entidades que representam o setor têxtil chinês exatamente para mantermos esse ritmo no nosso comércio exterior”, afirma Busato.  Nos últimos 60 dias, a Abrapa firmou convênios com a China Cotton Association (CCA) e com a China National Cotton Exchange (CNCE). 

O ranking dos dez maiores importadores do algodão brasileiro no acumulado da temporada 2020/21 traz China (31%), Vietnã (17%) e Paquistão (12%) nos três primeiros lugares, seguidos por Bangladesh (11%), Turquia (11%), Indonésia (8%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%) e, finalmente, Tailândia e Índia (1%). 

Fonte: Abrapa

Levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO mostra que a comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira avançou apenas 4,5% no mês passado, abaixo dos 9,1% do padrão normal para o período, apesar de já ter atingido 76,3% da produção estimada até o último dia 4 de junho, resultado abaixo dos 87,5% do fluxo recorde da safra passada, mas acima da média de 73,4% dos últimos 5 anos para o período. 

Considerando a previsão atual de produção da safra 2020/21, ajustada neste último mês para 136,97 milhões de toneladas, observa-se um total compromissado pelos produtores brasileiros de 104,44 mi de t. “Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior, tanto em termos nominais quanto absolutos, chegando a 112,17 mi de t”, destaca o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior. 

Safra 2021/22
De acordo com a DATAGRO, 17,4% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente, acima dos 15,1% da média de 5 anos, mas inferior aos 33,1% do recorde anterior, ocorrido em igual momento de 2020.  

Segundo a projeção preliminar, que considera área maior em 2,9%, clima razoavelmente regular e produtividade dentro da normalidade, a safra brasileira do próximo ano tem potencial para atingir 141,18 mi de t, sendo assim, teríamos 24,55 mi de t comercializadas antecipadamente pelos sojicultores brasileiros. Volume muito inferior aos 45,34 mi de t desta mesma época no ano passado.